6 (b) No Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus Se faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade. Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial. Do Presépio surge, clara, a mensagem de que não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efêmeras de felicidade. Como pano de fundo, aparece o palácio de Herodes, fechado, surdo ao jubiloso anúncio. Nascendo no Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com os últimos como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado. (Papa Francisco – Carta Admirável Sinal, sobre o significado e o valor do presépio).

Meditalção: A indiferença é um atentado à realidade do Natal. A vinda do Messias transforma o egoísmo em compaixão, a tristeza em alegria, a solidão em proximidade. A transformação do Natal é de dentro para fora.

Imagem: Natividade. Autor: Francesco di Giorgio (1439-1501). Data: 1475 Local: Pinacoteca Nacional, Siena, Itália.