2 (a) A origem do Presépio fica-se a dever, antes de mais nada, a alguns pormenores do nascimento de Jesus em Belém, referidos no Evangelho. O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (2, 7). Jesus é colocado numa manjedoura, que, em latim, se diz praesepium, donde vem a nossa palavra presépio.

Ao entrar neste mundo, o Filho de Deus encontra lugar onde os animais vão comer. A palha torna-se a primeira enxerga para Aquele que Se há de revelar como «o pão vivo, o que desceu do céu» (Jo 6, 51). Uma simbologia, que já Santo Agostinho, a par doutros Padres da Igreja, tinha entrevisto quando escreveu: «Deitado numa manjedoura, torna-Se nosso alimento».[1] Na realidade, o Presépio inclui vários mistérios da vida de Jesus, fazendo-os aparecer familiares à nossa vida diária. (Papa Francisco – Carta Admirável Sinal, sobre o significado e o valor do presépio).

Meditação: Os simples e poucos tecidos do presépio e agrande e forte ternura de Maria no nascimento do Menino Deus nos ajudam a entender que a acolhida ao Salvador inicia dentro de cada coração, de onde brota a ternura, o amor e a fé.

Imagem: Adoração dos Pastores. Autor: Franceso Zugno (1709 – 1787). Local: Igreja de Scorzè, Itália.