Momento alto do Tríduo Pascal, dom Geremias Steinmetz presidiu a vigília do Sábado Santo na Catedral de Londrina

Ao anoitecer do Sábado de Aleluia, 31 de março, véspera do Domingo de Páscoa, a Igreja se reúne para proclamar a ressurreição de Jesus. A celebração, que é chamada Vigília Pascal ou Celebração da Luz relembra toda história da Salvação. “É uma das [celebrações] mais  belas da liturgia da Igreja, porque faz uma memória da história da salvação, desde a criação até a ressurreição do Senhor”, explicou dom Geremias Steinmetz em sua homilia. O arcebispo presidiu a Santa Missa na Catedral de Londrina, concelebrada pelo pároco, padre Joel Ribeiro Medeiros.

Para percorrer toda história da Salvação, na vigília são proclamadas oito leituras, desde o Gênesis, Êxodo, passando pelos profetas até chegar à Carta de São Paulo e ao Evangelho, que evidenciam que Jesus ressuscitou.

Toda a vigília, desde o início no átrio da Catedral, com a bênção do fogo novo e a preparação do Círio Pascal, é cheia muitos símbolos, como o próprio círio, a luz, as leituras, a profissão de fé. Mas, “é, sobretudo, um momento para compreendermos um pouquinho mais desse mistério da salvação”, continua dom Geremias.

Segundo o arcebispo, a certeza da ressurreição não vem apenas de provas históricas e de um túmulo vazio, mas de uma experiência pessoal daqueles que viveram com Jesus e de uma promessa feita por Deus no Antigo Testamento. “Se nos aprofundarmos na Palavra de Deus certamente vamos sempre ter ainda mais alegria, portanto, a certeza da ressurreição de Jesus, assim como ouvimos, não vem das provas históricas, não vem também simplesmente do túmulo vazio. A ressurreição de Cristo é o princípio da nossa ressurreição, por isso é o cumprimento da promessa do Antigo Testamento, é o dia do Senhor”, explica dom Geremias.

“A ressurreição de Jesus é a convicção da nossa fé. Cristo vive, mas, como disse, a certeza da ressurreição não vem de provas históricas, especialmente como ouvimos no Evangelho: ‘quem vocês estão procurando, o Nazareno? Ele não está aqui não, ressuscitou. Ele está vivo, aqui só está o lugar onde o depositaram’. Essa convicção vem de uma experiência real que todos fizeram desde aquele dia depois do sábado e que continua até hoje na experiência do Cristo Ressuscitado”, concluiu.

Juliana Mastelini Moyses
Pascom Arquidiocesana

Fotos: Guto Honjo