Nos dias 17 a 19 de novembro, foi realizado o X Sulão de Catequese no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). Foi um momento de reflexão e partilha a partir do tema: “Catequista, ministro a serviço da comunhão eclesial”; lema: “Hoje a salvação entrou nessa casa”; e como ícone bíblico a história de Zaqueu (Lc 19,1-10). O Sulão reuniu catequistas de cinco estados: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O Regional Sul 2 da CNBB foi representado por um grupo de 73 catequistas, tendo as 18 dioceses representadas no evento. Da Arquidiocese de Londrina, foram cinco participantes.

Para a coordenadora da catequese, irmã Angela Soldera, este foi um encontro enriquecedor por vários motivos: pela convivência, pelo encontro com pessoas de outras realidades e experiências, pela reflexão e “por sentir que somos Igreja a Caminho em processo sinodal”, destacou. “Impactante e muito simbólico foi realizar este encontro na casa da Mãe Aparecida e na sala onde aconteceu a V Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho, conforme foi lembrado várias vezes ao longo dos dias.”

Gislaine Cabeças, da Pastoral Familiar, explica que a participação no evento reforçou o trabalho que ela realiza na pastoral junto a pais, padrinhos e noivos. “O objetivo dos catequistas da Iniciação a Vida Cristã e dos catequistas matrimoniais e batismais não é oferecer a preparação para o sacramento somente, mas favorecer os que caminham conosco a terem a experiência de encontro com Cristo e de pertencer à comunidade. Isso só é possível se a pessoa se encantar e participar da vida da comunidade”, disse Gislaine.

Já a catequista Raquel Kaminari destaca as reflexões sobre os desafios e dificuldades enfrentados pela Catequese levantadas no encontro. “As palestras confirmaram o olhar importante para a vocação do catequista, a linguagem mistagógica que deve perpassar por todo processo catequético e como é necessário promover em nossas comunidades, um caminho sinodal, com o exercício efetivo da escuta e o olhar fixo em Jesus.”

O ato de comunicar na catequese foi um dos temas que mais chamou a atenção da catequista Aparecida Peixoto da Silva, “visto que a catequese, enquanto serviço de transmissão da fé, é, acima de tudo, um ato de comunicação”. Contudo, “não basta qualquer forma de comunicação. Se faz necessário uma comunicação mistagógica e sinodal que perpasse todo o processo catequético no contexto de uma Igreja toda ministerial. Renovar a forma de comunicar é essencial para a superação da crise de transmissão da fé. O anúncio que fazemos, pela força do Espirito Santo, é cheio de vida e de sentido, liberta e transforma, visto que, na evangelização, não se comunica uma informação, um evento, mas sim uma experiência viva do encontro com a pessoa de Cristo.”

Maria Nilza Rodrigues Mattos, da equipe de formadores da Catequese, destaca a experiência única de participar do Sulão de Catequese. “Eu sempre quis participar, e, em especial, no momento em que estamos vivendo de aprofundamento da Iniciação à Vida Cristã, foi tudo muito rico, me fortalecendo ainda mais nesta caminhada. Todo conteúdo nos mostrou a importância da nossa luta, espero que cada catequista realmente vivencie uma grande experiência com o Senhor, afim de sermos grandes mistagogos em nossas comunidades”, explica Maria Nilza.

A partir do encontro, irmã Angela Soldera conclui que é necessário intensificar cada vez mais uma iniciação mistagógica dos catequistas e uma formação litúrgica. “Um grande desafio se apresenta para todos nós: continuar a nos surpreender com o que acontece diante de nossos olhos, na celebração da fé e no cotidiano da vida, e ainda conseguir recuperar a linguagem simbólica, que parece ter sido perdida em meio a nossas filosofias e teologismos”, finaliza a irmã.

Pascom Arquidiocesana

Fotos: Divulgação